segunda-feira, 11 de outubro de 2021

DISLEXIA - UMA SÍNTESE


 O QUE É A DISLEXIA?

É um distúrbio genético que dificulta a aprendizagem e o desenvolvimento da leitura e da escrita, podendo ser diagnosticado tanto em crianças como adolescentes e adultos, em graus leve, moderado e grave.


QUAIS OS SINTOMAS MAIS COMUNS?

  • Aprendizagem lenta;
  • Dificuldades de concentração, dispersão ou falta de atenção;
  • Troca de letras com sons ou grafias parecidas;
  • Dificuldade para aprender rimas e canções;
  • Dificuldade de soletrar.


TIPOS DE DISLEXIA

Visual

  • Dificuldade para distinguir os lados direito e esquerdo;
  • Equívocos na leitura em função da dificuldade de visualizar bem as palavras.


Auditiva

  • Carência da percepção dos sons, resultando na dificuldade da fala.


Mista

  • Envolve dificuldades visuais e auditivas.

quarta-feira, 11 de abril de 2018

PARA QUE BRINCAR COM ENFIAGEM?


A prática de exercícios que estimulam uma coordenação motora refinada permite à criança o desenvolvimento do traçado de letras, base para o processo de aquisição da escrita. Os exercícios psicomotores parecem simples para o adulto, mas para crianças pequenas são experiências novas e facilitadoras de aprendizagens fundamentais para o seu desenvolvimento. Um desses exercícios é o da enfiagem. Seguem algumas dicas a respeito!

Habilidades
Coordenação motora fina;
Coordenação viso-motora;
Direcionalidade;
Noções matemáticas: ordem e série;

Materiais
Macarrões perfurados, pedaços de feltro, canudinhos ou miçangas de cores variadas;
Barbantes ou fios de silicone.
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Preparação
Disponha ao alcance das crianças os macarrões e os barbantes;
Cortar os barbantes no tamanho apropriado para a atividade, amarre um macarrão numa de suas pontas e a outra ponta com durex, o que facilitará a enfiagem.

Desenvolvimento da atividade
Pedir às crianças que enfiem macarrões em um barbante aleatoriamente;
Para que elas se sintam seguras, realize essa ação para que elas vejam e possam imitar;
Recomendar a repetição do exercício com os olhos fechados;
Pode-se também solicitar às crianças que enfiem os macarrões seguindo uma sequência de cores;
Durante a atividade da criança, o ensinante pode fazer perguntas relacionadas às cores, à sequência de cores, às quantidades de macarrões, dentre outros conteúdos que desejar trabalhar.


Dicas
Os macarrões perfurados podem ser coloridos com anilina ou tinta guache diluída em álcool;
O macarrão ou outro material escolhido para a enfiagem não deve ser pequeno demais, nem o fio pode ser muito rígido ou fino, o que pode comprometer o manuseio por parte da criança. Quanto menor e fino o material, maior a complexidade do exercício;
Ao utilizar miçangas e silicone nessa atividade, as crianças poderão confeccionar pulseiras ou colares e depois usá-las. Isso tornará a atividade mais prazerosa.



Saiba mais em...
Ludicidade e psicomotricidade

domingo, 8 de abril de 2018

COMO CRIANÇAS DESENVOLVEM HABILIDADES COM ALINHAVOS

Na atividade com alinhavos a criança passa um cordão/uma fita pelos buraquinhos de uma peça, estimulando a habilidade da coordenação motora fina, a direcionalidade, o tônus muscular, noções de por cima e por baixo, dentro e fora. Não há maneira ou direção certas para o alinhavo. Nesse momento o que vale é a espontaneidade da criança.

Os alinhavos são bastante utilizados na educação infantil.

Habilidades
Coordenação motora fina;
Coordenação viso-motora;
Esquema corporal;
Orientação espacial;
Lateralidade.

Materiais
Fitas ou barbantes coloridos;
Papel cartão.

Preparação
Disponibilizar cartelas com perfurações. Tais cartelas podem ser confeccionadas em papel cartão e plastificadas.
As cartelas ou peças para alinhavo podem também ser feitas com outros materiais, tais como: feltro, madeira, papelão e EVA.

Desenvolvimento da atividade
Ensinar a criança a fazer alinhavos;
Sugerir que a criança faça alinhavos de maneira livre, sem um determinado traçado;
Propor alinhavos com letras, números, formas geométricas, dentre outras formas.


Dica
Recomenda-se que o trabalho de alinhavo com crianças menores evite a utilização de agulhas, mesmo que sem ponta. Ao invés disso, podem ser utilizados cordões de sapato ou fios de lã tendo cola em suas pontas, o que as endurece e facilita a atividade da criança.


Moldes
Você poderá encontrar alguns moldes para alinhavo em: 
Mimos e encantos da educação
Pinterest

Saiba mais em...
O alinhavo na prática psicopedagógica.
Vamos brincar com alinhavos?
Coordenação motora ampla e coordenação motora fina

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sábado, 7 de abril de 2018

COORDENAÇÃO MOTORA AMPLA E COORDENAÇÃO MOTORA FINA


A coordenação motora compreende a habilidade de utilizar de maneira eficiente músculos e articulações do corpo atendendo às ordens do cérebro (1). Tal habilidade é estimulada desde os primeiros momentos de vida, de maneira contínua e por etapas que se sucedem sendo umas pré-requisitos para outras. Conforme Fonseca (1988), a cada idade os movimentos nos seres humanos adquirem características relevantes e a aquisição ou surgimento de certos comportamentos motores interferem significativamente no desenvolvimento da criança. Nesse sentido, cada nova aprendizagem, proporcionada pela experiência e pela troca com o meio, provoca mudanças tanto no domínio mental como no motor.

Por meio do desenvolvimento motor, caracterizado pela aquisição permanente de novos movimentos, o corpo da criança consegue, gradativamente, estruturar-se no espaço e no tempo. As experiências motoras acumuladas colaboram com o estabelecimento de uma imagem e de um esquema corporal, que compreende tanto controle, como coordenação, conhecimento e consciência do corpo.

O desenvolvimento da coordenação motora é imprescindível por que por meio dele constroem-se as bases a partir das quais a criança poderá realizar inúmeras aprendizagens, tanto no espaço familiar como no ambiente escolar.

As habilidades motoras, relacionadas à coordenação motora, se dividem  em habilidades motoras amplas e habilidade motoras finas.

As habilidades motoras amplas (coordenação motora ampla) dizem respeito ao  controle de movimentos amplos, voluntários ou complexos de nosso corpo. Envolvem a ação simultânea de diferentes grupos musculares e habilidades tais como pular, caminhar, correr, dançar, arremessar bolas, levar ou lançar objetos, marchar, dentre outros movimentos. Propor atividades que envolvam tais habilidades garante o desenvolvimento desse tipo de coordenação motora.


A coordenação motora ampla representa o domínio que a criança exerce sob o corpo em sua relação com o tempo e especialmente com o espaço.

As habilidades motoras finas (coordenação motora fina) correspondem à mobilização de pequenos grupos musculares das extremidades do corpo visando a realização de movimentos coordenados, específicos e delicados.

O desenvolvimento da coordenação motora final serve como base para a realização de atividades tais como: alinhavar, recortar, costurar, desenhar, pintar, escrever e digitar, o que permite também o desenvolvimento da atenção e sua conservação, da noção de sequência, da memória, da imitação, dentre outras habilidades importantes para o desenvolvimento cognitivo das crianças.


Propor atividades tais como: modelar massinhas, pegar grãos com as pontas das mãos, rasgar e recortar papéis, brincar com jogos de pequenos encaixes, abotoar, fazer dobraduras, nós simples ou laços permitem a evolução da coordenação motora fina. Portanto, atividades que demandam movimentos de pinça e preensão são a base para o desenvolvimento desse tipo de coordenação motora.

A longo prazo, o exercício de habilidades motoras finas permitirão a aquisição satisfatória da escrita.

Uma boa estruturação dos músculos, proporcionada pela prática de exercícios de coordenação motora, tanto ampla como fina, resultam numa boa coordenação motora. Além disso, é preciso considerar que a hereditariedade,  as condições biológicas e naturais, a ação do indivíduo a partir de aspectos motores, perceptivos e energéticos e o estímulo proveniente do ambiente são também fatores que colaboram com o desenvolvimento da coordenação motora.

É possível criar ambientes e situações em que pais e educadores consigam estimular a construção de habilidades motoras. Diante disso, surge a importância da utilização de brincadeiras, jogos e atividades lúdicas em geral. Brincar, por exemplo, é uma excelente forma de se iniciar na aprendizagem dessas habilidades. Por meio dela, a criança compartilha sentimentos e necessidades e adquire a oportunidade de conhecer-se e conhecer o seu entorno, atuando satisfatoriamente sob si e o mundo.

Notas
  1. Os movimentos do corpo dependem do cérebro, que interpreta o que desejamos e dá o comando de execução da ação, e dos músculos, que atenderão aos comandos do cérebro.
  2. De acordo com Vygotsky (1989) “O desenhar e brincar deveriam ser estágios preparatórios ao desenvolvimento da linguagem escrita  das crianças. Os educadores devem organizar todas essas ações e todo o complexo processo de transição de um tipo de linguagem para outro (...)”. (VYGOTSKY, L.S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989).

Referências
FONSECA, Vitor da. Psicomotricidade. São Paulo: Martins Fontes, 1988.

VYGOTSKY, L.S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

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quarta-feira, 4 de abril de 2018

CAUSAS DA DESATENÇÃO NA ESCOLA


Sabemos que a atenção é uma condição indispensável para o desenvolvimento cognitivo do estudante. O contrário disso, gera dificuldades de aprendizagem ou as torna mais profundas.
Nem sempre o Transtorno de Déficit de Atenção (TDAH) é a causa de desatenção em estudantes. Smith e Strick (2012), apontam outros elementos que podem gerar essa dificuldade:
  • Problemas de visão e audição: uma vez não enxergando nem ouvindo bem, as crianças podem não ter consciência de que existe algo que supostamente deveriam prestar atenção;
  • Problemas com alimentação: dietas radicais ou falta de alimentação;
  • Vivência em ambientes com altos níveis de estresse: “(...) as situações vivenciadas por elas geram fatos mais urgentes em que pensar do que exercícios de matemática ou a ortografia das palavras”. (Smith e Strick, 2012, p.42);
  • Colocação educacional inadequada, produzindo a sensação de tédio;
  • Falta de compreensão do que está acontecendo na sala de aula por imaturidade ou déficit no desenvolvimento intelectual;
  • Incompatibilidade entre estilos de aprendizagem dos estudantes e métodos de ensino.

Referência

SMITH, Corinne; STRICK, Lisa. Dificuldades de aprendizagem de a-z: guia completo para educadores e pais. Tradução: Magda França Lopes. Porto Alegre: Penso, 2012.

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